Em um cenário global marcado por incertezas econômicas e geopolíticas, a diversificação de mercados tem se mostrado uma estratégia fundamental para o sucesso das exportações brasileiras de commodities e produtos industrializados. O Brasil, tradicionalmente reconhecido como um dos principais fornecedores mundiais de produtos agrícolas, tem ampliado sua presença em novos mercados, reduzindo a dependência de destinos tradicionais e aumentando sua resiliência frente às oscilações da economia internacional.
Dados recentes do Ministério da Agricultura e Pecuária revelam que os produtos menos tradicionais da pauta exportadora brasileira registraram um crescimento de 7,2% em 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este avanço demonstra o potencial de diversificação não apenas de mercados, mas também de produtos, ampliando o leque de oportunidades para empresas exportadoras como a Biamar Brasil.
Um exemplo notável desta diversificação pode ser observado no setor de café, que alcançou um recorde histórico de exportações em novembro de 2024, totalizando US$ 1,47 bilhão, um impressionante crescimento de 84,4% em relação ao mesmo mês de 2023. Este desempenho excepcional foi impulsionado não apenas pelo aumento de 21,8% no volume exportado e pela valorização de 51,4% nos preços internacionais, mas também pela diversificação de mercados consumidores, com União Europeia, Estados Unidos e México figurando como os principais destinos.
O café brasileiro, tanto na variedade arábica quanto robusta, tem conquistado novos mercados graças à sua qualidade reconhecida internacionalmente e às estratégias de promoção comercial desenvolvidas pelo setor público e privado. Para empresas como a Biamar Brasil, que incluem o café em seu portfólio de exportação, esta expansão representa oportunidades significativas de crescimento e consolidação no mercado internacional.
Outro setor que tem se beneficiado da diversificação de mercados é o de proteína animal. As exportações de carnes registraram um recorde histórico para o mês de novembro em 2024, atingindo US$ 2,45 bilhões, um crescimento de 30,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A carne bovina liderou este desempenho com US$ 1,23 bilhão (+29,9%), seguida pela carne de frango com US$ 876,92 milhões (+31,8%) e pela carne suína com US$ 289,40 milhões (+30,8%).
Este crescimento expressivo foi impulsionado não apenas pelo aumento nos volumes exportados e nos preços médios, mas também pela abertura de novos mercados para as proteínas brasileiras. A habilitação de novas plantas frigoríficas para exportação e a negociação de acordos sanitários com diversos países têm permitido que a carne brasileira chegue a um número cada vez maior de consumidores ao redor do mundo.
O açúcar brasileiro também tem ampliado sua presença global, com o complexo sucroalcooleiro somando US$ 18,27 bilhões em exportações até novembro de 2024. As diferentes categorias de açúcar, como VHP600-1200, IC 150 e IC 45, encontram demanda em mercados diversos, desde países asiáticos até o Oriente Médio e África.
Para além das commodities agrícolas, o Brasil tem avançado também na exportação de produtos industrializados. A indústria de transformação brasileira alcançou um recorde histórico em 2024, com exportações totalizando US$ 181,9 bilhões, o maior valor desde o início da série histórica em 1997. Este desempenho demonstra o potencial do país para agregar valor à sua produção e diversificar sua pauta exportadora.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luís Rua, destaca que as perspectivas para 2025 são promissoras: “Com as boas perspectivas de safra para 2025, a continuidade das aberturas de novos mercados, a maturação comercial das aberturas já realizadas e a intensificação das ações de promoção comercial com uma série de novos instrumentos, esperamos ainda mais avanços qualitativos e quantitativos nas exportações do agronegócio brasileiro”.
Para empresas como a Biamar Brasil, que atuam na exportação de commodities e produtos industrializados, a estratégia de diversificação de mercados representa não apenas uma forma de mitigar riscos, mas também uma oportunidade de crescimento sustentável. Ao oferecer um portfólio diversificado que inclui açúcar, café, arroz, feijão, óleos, soja, milho, frutas, vegetais e proteína animal, e ao atender diferentes mercados com flexibilidade nos Incoterms (FAS, FOB, EXW, CIF), a empresa está bem posicionada para aproveitar as oportunidades do comércio internacional e contribuir para o fortalecimento das exportações brasileiras.
Fontes: Ministério da Agricultura e Pecuária (Dezembro/2024) e Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Janeiro/2025)